quinta-feira, 29 de julho de 2010

A OPINIÃO DE CATUKA.

OPINIÃO DE CATUKA. O Santos pode ter jogado fora um título importante
OS “meninos da Vila” voltaram a dar show de categoria e habilidade no controle da bola, mas falharam completamente no quesito FINALIZAÇÃO.
No primeiro tempo, ou melhor, nos primeiros 30 minutos, o meio do campo, em vez do VERDE do gramado, era todo BRANCO, da camisa dos jogadores. Mas não saíram do 1 a 0. Depois do gol, esse meio campo ficou dividido com o adversário.
No segundo período, a mesma coisa, os “meninos” não sabiam onde ficava o gol adversário, prevalecia o 1 a 0 assustador. Logo depois do 1 a 0, Robinho perdeu um gol tão fácil que ele mesmo ficou mordendo os lábios. A seguir, André jogou fora outra bola que deveria ter entrado. Ele mesmo, envergonhado, se jogou no chão. Mas tarde, o próprio Ganso, duas vezes, S-O-Z-I-N-H-O, na frente do goleiro, não marcou.
Como justificar o pênalti de Neymar?
Só usando uma palavra: I-N-E-X-P-L-I-C-Á-V-E-L. o “menino” vinha jogando bem, embora marcadíssimo. Fez gol de barriga, (royalties para Renato Gaúcho, num clássico) mas era o que dava no momento. Depois, numa “caminhada” admirável” driblando os adversários, foi derrubado claramente e quase perto do goleiro, pênalti, ninguém reclamou.
Comemoram antecipadamente, Neymar foi bater, tentou fazer o que chamam de “cavadinha”, o goleiro ficou parado, a bola foi jogada exatamente onde ele estava. Mais uma chance perdida.
Minutos depois, Dorival Jr., desesperado com esse 1 a 0, que era quase derrota, resolveu mexer no time, tirou 3 dos convocados para a seleção do Mano: Ganso, Robinho e André. Não tirou o Neymar, porque só podia substituir 3 e ele havia perdido o pênalti, seria desatroso.
***
PS – Marquinhos, que entrou, logo, logo, de falta, fez o segundo gol, melhorou para o Santos, mas não a ponto de garantir a vitória e o título, quarta-feira que vem.
PS2 – Esse resultado é o mais enganador possível. No fim do jogo de ontem, o Vitória tentou de todos os modos, fazer pelo menos 1 gol. No seu estádio, na Bahia, tentará logo fazer esse gol que não conseguiu.
PS3 – Digamos que consiga, o Santos pode perder a tranquilidade, o jogo e o título.
PS4 – Se acontecer, desastre irreparável

terça-feira, 27 de julho de 2010

OPINIÃO DO CATUKA

DE PRIMEIRA:
Maradona não é mais o técnico da Argentina

segunda-feira, 26 de julho de 2010

HISTÓRIAS DE CATUKA.

Década de 70. Marinho “Bruxa”, o inesquecível lateral-esquerdo do Botafogo, saia às 5 da madrugada de uma farra homérica, completamente de porre. Já no carro ,que ficara numa esquina próxima da boate onde passou a noite,eis que,de repente,começou a berrar:
- Meleca! Safados! Fui roubado! Levaram tudo, rádio, toca-fitas, volante e até o painel !Depenaram o meu carrão,-urrava desesperado.
Diante da berraria, uma rádio-patrulha aproximou-se e um dos PM desceu para saber o motivo da algazarra do jogador:
- Levaram tudo,seu PM! Rádio,painel, volante, tudo!
O PM olhou, olhou ,olhou e, balançando a cabeça,alertou o lateral:
- Calma ,cidadão, calma! Ninguém roubou nada do senhor. O senhor é que está sentado no banco de trás. E atrás não tem nada disso que o senhor disse, muito menos um volante

A OPINIÃO DO CATUKA.

Muricy desiste voluntariamente (?), a seleção já tem um treinador que fica mano-a-mano com Teixeira
Conclusão dependendo exclusivamente do presidente da CBF, essa novela da “escolha” (o certo é IMPOSIÇÃO), teve uma espécie de final, mas que não pode ser chamado de conclusão. Muricy sai como herói, embora Mano Menezes não entre como substituto de última hora, ou até mesmo de SALVAÇÃO para o Ricardo Teixeira.

Nem tudo é como parece. Muricy já era candidato desde outubro de 2008, quando o assessor de coudelaria montou o programa “Bem, Amigos”. Comandado por Galvão Bueno, um “informe” transformado em “informação”, com Muricy presente e CONSAGRADO, e logo a seguir DESPREZADO e ABANDONADO.

Quem garante que Muricy não está se vingando, quase dois anos depois? Além do mais, agora, o treinador da seleção não tem nada a fazer, além da intimidade penosa mas obrigatória com Ricardo Teixeira?

Muricy tem todas as vantagens ficando no Fluminense. Ganhou popularidade inesperada, seu contrato, que ia até dezembro de 2011, foi prorrogado até dezembro de 2012. No mundo do futebol e da seleção existe alguma data mais simbólica, animadora e esperançosa do que essa?

Muricy fica num Fluminense líder do Brasileirão, candidatíssimo a uma vaga na tão cobiçada Libertadores, em três oportunidades. Sendo campeão no Brasileirão, ficando no G-4, e para 2012, começando pela Taça Brasil.

Quanto a Mano Menezes, entrou bem, deu entrevista sensata, elogiou Muricy, não autodesprezou a condição de “segundo candidato à vaga”. Apenas uma dúvida: vai montar não se sabe que seleção, para uma também desconhecida competição, já que para 2014 o Brasil já está classificado.

***

PS- Muricy não DESISTIU da seleção. Perdeu 2 anos antes, quem sabe não tenha melhor sorte dentro de outros 2 anos, em 2012, que é a data VERDADEIRA?

.OPINIÃO DO CATUKA

O CASO DO FILHO DE CISSA GUIMARÃES
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Um acidente criminoso, covarde. Doloso e não culposo. A fraude do suborno, corrupção ativa para o atropelador, passiva para os policiais.
Tudo pode acontece na vida. Mas os pontos negativos se acumularam nessa morte lancinante, em que um jovem de 18 anos deixa os pais e os amigos, sem sequer se despedir deles. E por que esse desaparecimento súbito, inesperado, inteiramente desesperado e desesperador?

O cidadão que atropelou, matou e não socorreu o jovem de 18 anos, inicialmente poderia ser incluído no que a lei identifica como “CRIME CULPOSO”. Mas depois que foram descobertos os detalhes e os dados de tudo o que aconteceu, a CULPA DELE aumenta de forma inacreditável.

1 – Pela irresponsabilidade comprovada, quebrou a ordem natural das coisas, que é dos filhos enterrarem os pais. Com saudade, tristeza, até surpresa, mas com a naturalidade do fato mais do que compreensível.

2 – Andar a mais de 100 quilômetros, (andar é uma palavra equivocada), alta velocidade, mesmo num túnel quase túmulo para um jovem de 18 anos. Como explicar ou justificar esse fato?

3 – Estava tão inebriado, que palavra, pela disparada, que não percebeu que diversos rapazes andavam de esqueite e pelo mesmo túnel enorme e principalmente, larguíssimo? As fotos e vídeos, mostram como era fácil desviar dos que só tinham como “proteção”, o próprio corpo.

Acaba aqui o que até poderia ser examinado, com lentes de “simpatia ou compreensão”, começa o que é enorme gravidade e cumplicidade. Produto da vontade viciada e planejada. Desaparece portanto o CULPOSO, fica em primeiro plano o DOLOSO.

Comprovada e consumada a tragédia (chamemos assim), se inicia o DOLO e a IRRESPONSABILIDADE da ausência de socorro à vítima. A partir daí não há mais nenhuma ATENUANTE para o atropelador, que passou a transitar (mentalmente) com a mesma velocidade, para SE LIVRAR DO FLAGRANTE.

1 – Segundo a lei, o autor do CRIME ou suposto CRIME, se for preso até o transcorrer de 24 horas a partir do fato ou ato, será autuado em FLAGRANTE. Esse prazo poderá ser prorrogado, se houver CLAMOR PÚBLICO. Como foi de madrugada, num túnel fechado, serão contadas apenas as 24 horas.

2 – O atropelador FUGIU do local, mas na saída do túnel foi “parado” por dois policiais, “QUE O LIBERARAM”, se soube depois. Isso não poderia ter acontecido, em nenhuma hipótese, sem os policiais examinarem o local.

3 – Mas a partir do dia seguinte, quando o carro foi mostrado de todas as formas, nos jornais (e principalmente nas televisões), a constatação: os policiais, tão culpados quanto o atropelador. O cidadão que dirigia um carro como estava aquele, sem frente, sem placa, todo amassado, poderia ser liberado. NÃO. Mas foi.

4 – Aí, as afirmações mentirosas, desavisadas, tentando mostrar que não houve nada, que o cidadão atropelador foi embora, porque nada indicava que infringira a lei, que provocara um acidente com vítima, que no dia seguinte já se transformava em HOMICÍDIO DOLOSO.

5 – Cronometradas as 24 horas pelo advogado famoso, SE APRESENTARAM. Aí, com naturalidade, a discussão sobre o que houve, a CONVERSA na saída do túnel, entre o atropelador e os policiais.

6 – Como não podiam mascarar a FRAUDE e a FARSA da LIBERAÇÃO, tentaram DIMINUIR o crime de corrupção, diminuindo o valor do SUBORNO. O atropelador, (já aí, ao lado do pai e do advogado famoso), confessou o “acordo” com os policiais, mas em vez da IMPORTÂNCIA do SUBORNO, deu maior relevância à importância pedida e à importância paga.

7 – Textual: “Os policiais PEDIRAM 10 mil reais, só dei mil reais”. Mais tarde o pai confirmou o que o filho falara, se MOSTROU REVOLTADO com os policiais. (Textual).

8 – Depois, contaram história diferente: levaram horas e horas até encontrar um “caixa eletrônico”, e retirar dinheiro. Ninguém desmentiu esse fato, nem é tão relevante.

***

PS – O atropelador foi autuado, (a liberdade era natural, não foi preso em flagrante) o delegado não levou em conta o fato do SUBORNO SER MAIOR OU MENOR.

Não acredito que o atropelador seja inocentado, não foi CRIME CULPOSO, como seria se tivesse ficado no local, socorrido a vítima, em vez de executar a fuga da mesma forma (aí sem o carro) como executou o menino.

PS3 – Com tudo isso, (excluída a tragédia injustificável e sentida dramaticamente pela mãe e os amigos que deram demonstrações notáveis de solidariedade) uma conclusão, que não é comum: o atropelador foi autuado por CORRUPÇÃO ATIVA, os policiais por CORRUPÇÃO PASSIVA.

PS4 – Se isso fosse utilizado na CORRUPÇÃO POLÍTICA, muita gente estaria presa, nem haveria necessidade da LEI DA FICHA LIMPA.

sábado, 24 de julho de 2010

A OPINIÃO DO CATUKA.

Muricy na seleção
Era o favorito da CBF e da Globo. Não custa lembrar: exatamente em novembro de 2008, quando Dunga estava na pior, Globo e CBF decidiram trocá-lo. Montaram então um programa “Bem, Amigos”, com o Galvão. (Contei isso na época, tenho que repetir). Com o próprio Muricy presente e rindo escancaradamente, que palavra, ANUNCIARAM A DEMISSÃO DO DUNGA E A CONTRATAÇÃO DO MURICY. Tudo acertado, palmas de TODOS os presentes.

Acontece que as coisas DESANDARAM, a seleção de Dunga começou a vencer, não puderam substituí-lo. Agora chegou a vez do Muricy. Revelada sem consulta a ninguém. Duas coisas, uma certa, outra incerta.

terça-feira, 20 de julho de 2010

.OPINIÃO DO CATUKA

* DEPUTADO LINGUA SOLTA.
´ Começa a ganhar forma de campanha em Cabo Frio
nas hostes do PMDB ,o movimento “Cala a boca,Alair!.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

UFA!! DEU ESPA!!!! Foi suado mas a Espanha chegou ao seu primeiro título mundial. O gol de Iniesta aos 10′ do segundo tempo da prorrogação evitou que mais uma decisão de Copa do Mundo fosse para os pênaltis. É bom para o futebol que tenha sido assim. Pênalti não é loteria mas é muito cruel.
Foi um jogo de muita tensão e pouco futebol nesta final da Copa da África do Sul que dá à Espanha o seu primeiro título em Copas do Mundo. Jogo de muita marcação, faltoso, de pouca criatividade de parte a parte. Alguns poucos lances de gol foram criados, mas desperdiçados pelos atacantes. Parecia que os jogadores tinham medo de decidir na hora agá.
Na verdade, para nós que vimos a festa de fora, foi um jogo muito igual em termos de chances, com dois estilos diferentes se afrontando, mas com os dois times pouco inspirados, talvez meio travados pelo peso da decisão. Num lance isolado, a Espanha leva o título. E a Holanda é tri-vice, título que não convém a ninguém. Já virou tabu.
Venceu a equipe mais técnica, mas com um pobre saldo de gols – apenas oito marcados em sete jogos. É um rendimento baixo, de uma equipe que valoriza a posse de bola acima de tudo, mas carece de verticalidade e finalização. Isso precisa ser dito.
Mas vejo a festa em Madri e esqueço detalhes técnicos: me felicito com este povo, que ama o futebol como poucos. Depois precisaríamos refletir sobre o tipo de jogo que esta seleção se propõe, mas isso fica para mais tarde. O momento é para dar os parabéns. E, como brasileiros, abaixar a cabeça e pensar no futebol ridículo que apresentamos nesta Copa.
Precisamos tirar o chapéu para quem jogou bola.
catuka

terça-feira, 13 de julho de 2010

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

A SELEÇÃO DESFEITA.
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– A derrotada seleção brasileira comandada por Dunga na Copa do Mundo 2010 já está no País. E, como esperado, foi desmanchada. A recepção, fria, é reflexo da campanha no Mundial.
Toda a comissão técnica foi liberada: o técnico Dunga, o auxiliar técnico Jorginho, os preparadores físicos Paulo Paixão e Fábio Mahseredjian, o médico José Luiz Runco, o supervisor Américo Faria e o fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan.
O que fica como principal lição: não adianta só montar um time unido. A culpa não é dos jornalistas – não entramos em campo para jogar e ganhar jogos (encerrando o assunto envolvendo 2006). Também não adianta reclusão quase total.
Neste time, as críticas não devem ser só para Felipe Melo e Dunga. Kaká chegou ao terceiro Mundial e nada fez de brilhante no torneio, negando a gravidade de uma contusão no púbis – prova disso: disse que jogou no sacrifício ao chegar. Luís Fabiano fez os gols, mas não foi efetivo. Robinho também.
Na defesa, Júlio César omitiu que jogava com um protetor na coluna. Michel Bastos é bom jogador, mas longe de ter qualidade técnica de seleção. Elogios apenas para Maicon, que faz bem seu papel, Juan, que fez grandes jogos, e Lúcio, também por seu futebol.
O que vence é qualidade técnica e foco nos jogos, mantendo a rotina de sua vida. Seja quem for o campeão deste Mundial na África do Sul, terá isso. E foi tudo o que faltou para vencer.catuka

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A OPINIÃO DO CATUKA.

Foi brilhante, sob todos os aspectos, a vitória da Espanha sobre a Holanda, ontem no belo estádio repleto de Johanesburgo, fazendo a Taça do Mundo runar para Madrid.
De onde, daqui a quatro anos, viaja para o Brasil, quando será disputada sua vigésima edição. A da África do Sul foi a décima nona de uma série que começou em 1930. Pela primeira vez a Espanha conquista o título mundial. Pela terceira vez a Holanda perde uma final.
Dramática, como todas as finais, emocionante, extremamente nervosa, dividida por momentos em que o destino parecia pender ora para um lado, ora para outro. No balanço do tempo de 120 minutos, entretanto, os espanhóis chegaram mais perto do gol holandês do que os holandeses da cidadela espanhola. O desfecho foi justo, marcado inclusive por ótimas atuações dos goleiros que evitaram sucessivamente o ponto decisivo dadas as características do confronto.
O treinador Vicente Del Bosque manteve a armação e o estilo que consagrou a equipe na vitória contra a Alemanha: extremas abertos quando o time estava de posse da bola, extremas recuados quando das ações defensivas. O desempenho tático foi mais uma vez firme e brilhante com poucas variações. Bloqueio móvel e tríplice em cima de Robben quando ele atacava pela direita, situação em que, como canhoto, o obrigava a virar o corpo.
A cobertura defensiva foi bem feita, o mesmo se verificando quanto a Holanda. Na prorrogação o melhor estado atlético espanhol se fez sentir de forma acentuada. No apito final, os jogadores carregaram Del Bosque. O comportamento do técnico foi exemplar. Sereno, afável, civilizado.
Na África do Sul, virou-se mais uma página da eterna história do futebol, o esporte mágico, emocionante, das multidões em todo o universo. Pelos cálculos da Fifa, ontem, cerca de 4 bilhões de seres humanos assistiram a final. A vitória não foi só da Espanha. Foi do futebol arte, do futebol técnico, do futebol tático, da equipe de melhor estado atlético. A Jabulani voou da África para a Europa. O chute de Iniesta foi o desfecho heróico de uma jornada que começou com uma derrota para a Suiça e terminou com a consagração do um a zero.
Poderia ter sido uma diferença maior do que aquela decidida num lance de ataque. Mas a história da bola, de suas retas e curvas se escreve assim: de um ritmo que se faz constante para o improviso e o imprevisto de um momento. Surpresa? Não. Esse é o destino das partidas que arrebatam e assinalam as grandes decisões. São inúmeras as que assistimos e com elas as emoções se renovam. No amargor de derrotas. Nas lágrimas das vitórias. Futebol é isso mesmo. O entusiasmo rejuvenesce nas arquibancadas, na medida em que as gerações se renovam nos gramados brasileiros e do planeta.
Não estivemos bem este ano. A Espanha foi melhor. É a campeã do mundo. Temos que aprender com nossos insucessos e partir para novos sucessos. O Brasil é pentacampeão. O sonho alado do hexa tem que esperar mais quatro anos, pelo menos. Hoje, a Taça viaja para Madrid. Chegará a nosso país em 2014. Esperemos até lá que ela fique aqui. Amém, como costumava dizer Nelson Rodrigues que, melhor do que ninguém, expressou a alma do torcedor brasileiro.

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

ESPANHA ERROU MENOS E GANHOU A COPA. -------------------------------------------------------------------------- Levei uma hora para escrever sobre o final da Copa,em minha residência em Cabo Frio.. Foi brilhante, sob todos os aspectos, a vitória da Espanha sobre a Holanda, ontem no belo estádio repleto de Johanesburgo, fazendo a Taça do Mundo runar para Madrid.
De onde, daqui a quatro anos, viaja para o Brasil, quando será disputada sua vigésima edição. A da África do Sul foi a décima nona de uma série que começou em 1930. Pela primeira vez a Espanha conquista o título mundial. Pela terceira vez a Holanda perde uma final.
Dramática, como todas as finais, emocionante, extremamente nervosa, dividida por momentos em que o destino parecia pender ora para um lado, ora para outro. No balanço do tempo de 120 minutos, entretanto, os espanhóis chegaram mais perto do gol holandês do que os holandeses da cidadela espanhola. O desfecho foi justo, marcado inclusive por ótimas atuações dos goleiros que evitaram sucessivamente o ponto decisivo dadas as características do confronto.
O treinador Vicente Del Bosque manteve a armação e o estilo que consagrou a equipe na vitória contra a Alemanha: extremas abertos quando o time estava de posse da bola, extremas recuados quando das ações defensivas. O desempenho tático foi mais uma vez firme e brilhante com poucas variações. Bloqueio móvel e tríplice em cima de Robben quando ele atacava pela direita, situação em que, como canhoto, o obrigava a virar o corpo.
A cobertura defensiva foi bem feita, o mesmo se verificando quanto a Holanda. Na prorrogação o melhor estado atlético espanhol se fez sentir de forma acentuada. No apito final, os jogadores carregaram Del Bosque. O comportamento do técnico foi exemplar. Sereno, afável, civilizado.
Na África do Sul, virou-se mais uma página da eterna história do futebol, o esporte mágico, emocionante, das multidões em todo o universo. Pelos cálculos da Fifa, ontem, cerca de 4 bilhões de seres humanos assistiram a final. A vitória não foi só da Espanha. Foi do futebol arte, do futebol técnico, do futebol tático, da equipe de melhor estado atlético. A Jabulani voou da África para a Europa. O chute de Iniesta foi o desfecho heróico de uma jornada que começou com uma derrota para a Suiça e terminou com a consagração do um a zero.
Poderia ter sido uma diferença maior do que aquela decidida num lance de ataque. Mas a história da bola, de suas retas e curvas se escreve assim: de um ritmo que se faz constante para o improviso e o imprevisto de um momento. Surpresa? Não. Esse é o destino das partidas que arrebatam e assinalam as grandes decisões. São inúmeras as que assistimos e com elas as emoções se renovam. No amargor de derrotas. Nas lágrimas das vitórias. Futebol é isso mesmo. O entusiasmo rejuvenesce nas arquibancadas, na medida em que as gerações se renovam nos gramados brasileiros e do planeta.
Não estivemos bem este ano. A Espanha foi melhor. É a campeã do mundo. Temos que aprender com nossos insucessos e partir para novos sucessos. O Brasil é pentacampeão. O sonho alado do hexa tem que esperar mais quatro anos, pelo menos. Hoje, a Taça viaja para Madrid. Chegará a nosso país em 2014. Esperemos até lá que ela fique aqui. Amém, como costumava dizer Nelson Rodrigues que, melhor do que ninguém, expressou a alma do torcedor brasileiro.

sábado, 10 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A OPINIÃO DE CATUKA.

            Holanda ou Espanha? Um dos dois será campeão pela primeira vez, entrando no seleto clube dos campeões mundiais. Na semifinal, eu esperava mais da Alemanha, mas a Espanha jogou mais. Em especial no segundo tempo, quando encurralou os alemães e criou várias chances de gol. O que aconteceu? Pesou a responsabilidade sobre o time jovem da Alemanha? Thomas Müller fez falta demais? Ou foi mérito da marcação espanhola, que anulou o toque de bola alemão?


Talvez tudo isso. O engraçado é que nesse jogo de paradoxos chamado futebol, o gol da vitória saiu, não de uma jogada bem tramada dos espanhóis, mas de um escanteio e uma cabeçada de Puyol. E assim a Espanha se classificou para a final.

Quem ganha? Não sei. Ninguém sabe. Nem mesmo aquele polvo que, dizem, acertou tudo até agora. Talvez Deus, se não tivesse coisa mais premente para se preocupar além do futebol. Só digo uma coisa: acho que a Espanha tem mais opções em termos de jogadas, toque de bola, etc. Mas a Holanda é mais objetiva. A Espanha às vezes me parece meio enceradeira, toca, toca, toca e não sai do lugar. A Holanda parece que está morta e, de repente, arma uma jogada de grande competência técnica e chega ao gol. Tem Sneijder e Robben como “diferenciais”, como se costuma dizer. Ao passo que, na Espanha, há um conjunto (vindo do Barcelona com reforço do Real Madrid) jogando com grande entrosamento. E Iniesta, que grande jogador, hein?

Enfim, teremos uma bela final. E um novato no clube.

terça-feira, 6 de julho de 2010

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

Dunga passou seu descontrole para a seleção
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      Esfriada a cabeça depois da derrota para a Holanda, analisando-se de forma serena o desempenho de nossa Seleção, inevitavelmente vamos concluir por uma evidência que a paixão não deixa perceber quando somos parte da questão e partimos, cento e noventa milhões de brasileiros, em busca da vitória e da conquista inédita do hexa que eternizaria nosso país na história do futebol mundial.
   A evidência, que, passada a tormenta, emerge das sombras do pensamento, é a de que o treinador Dunga, descontrolando-se, passou seu descontrole emocional aos jogadores de nossa equipe. É um homem hostil, agressivo, permanentemente nervoso e irritado. Tem-se a impressão que equivocadamente coloca-se como centro do universo e tudo o desagrada. Nem a classificação em primeiro lugar nas eliminatórias da América do Sul, as belas conquistas da Copa das Américas e da Taça das Confederações conseguiram acalmá-lo e relaxá-lo.
Como jogador, inclusive, Já era assim. Quem não se lembra do quase grave incidente que, como capitão em 94, ia provocando com o atacante Bebeto? Já era uma prova de sua hostilidade e temperamento agressivo. São respostas em tom desagradável nas entrevistas, seu olhar sempre desconfiado como se todos tramassem alguma armadilha para ele. Não consegue conviver sem tensão negativa.
  Inevitavelmente passaria isso aos atletas. Foi o que aconteceu. Fechou demasiadamente a concentração, como se o poder arbitrário fosse capaz de resolver os problemas que cruzam as estradas da vida. Assim agindo, em vez de transmitir entusiasmo construtivo, passou inibição e temor da derrota que acabou por vir.   Os jogadores, sob seu comando, claro, não se sentiram à vontade. Sabendo das relações críticas que mantinham com os meios de comunicação, passaram a encarar a missão de vencer não como algo eufórico, mas uma provação. Achavam que, na hipótese de perder, as conseqüências desabariam sobre Dunga – como desabaram – , mas admitiram que fossem tragados pelo redemoinho da frustração. A disputa, dessa forma, passou a pesar em dobro. Uma atmosfera péssima. Isso fora de campo.
Em campo, começou por fazer convocações equivocadas. Escalações ainda piores. Michel Bastos na lateral esquerda foi quase inacreditável. Improvisado na posição, é jogador de meio campo. Num artigo magnífico sobre a nossa derrota na Folha de São Paulo, edição de 3 de julho, Tostão traçou nitidamente o perfil da impropriedade. Além da improvisação, não havia cobertura para ele. Havia cobertura para Maicon, não para Michel Bastos. A equipe atuava de modo torto. Uma formação oblíqua entre a asa direita e a asa esquerda. Felipe Melo foi outro erro, este gravíssimo. Expulso duas vezes na Copa de 2010, revelou mão ter serenidade. Não consegue enfrentar a pressão do futebol.
Inspirou-se no próprio Dunga. No primeiro tempo, quando vencíamos e parecia que o segundo gol está iminente, o treinador exasperava-se, insultava o juiz, dava ponta-pés no espaço e na divisória que separa a entrada do túnel do gramado. Descontrolado e desarvorado passou sua instabilidade à equipe. Por causa dessa atmosfera a seleção, ao tomar um gol contra de Felipe Melo, não conseguiu se reestruturar e reagir. Levou o segundo e aí a fisionomia de alguns craques, como Kaká, por exemplo, adquiriu a expressão do próprio Dunga. Pessoas negativas terminam sempre lançando sua negatividade sobre os que estão por perto. O sonho fica para 2014.
                                                            catuka

domingo, 4 de julho de 2010

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

Dunga é demitido da Seleção Brasileira
Após eliminação da Copa, Dunga não é mais técnico da Seleção
Dunga não é mais técnico da Seleção (Foto: Reuters)
A CBF anunciou neste domingo a destituição de toda a comissão técnica da Seleção Brasileira. O que não significa que alguns membros da comissão que comandou a equipe na Copa de 2010 não fiquem para um novo ciclo. A destituição oficial serviu muito mais como uma resposta a Dunga e Jorginho, que chegaram ao Brasil com o discurso de ficarem na CBF. Ricardo Teixeira deu seu recado imediato, ao contrário do que aconteceu em 2006, quando esperou para conversar com Carlos Alberto Parreira e não anunciou publicamente uma destituição da comissão técnica.
Da comissão técnica da Copa de 2010, são funcionários da CBF o técnico Dunga, o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria, o administrador Guilherme Ribeiro e o assessor de imprensa Rodrigo Paiva. Os dois primeiros não têm mais função e serão demitidos. Américo Faria pode até continuar como diretor de seleções, mas talvez deixe a Seleção principal. Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol do Vasco, é nome cotado para assumir a função. Rodrigo Paiva, por conta da Copa de 2014, também pode se afastar da Seleção e cuidar apenas do Mundial e da assessoria institucional da CBF.
Todos os demais membros que foram destituídos eram prestadores de serviço. Ganhavam apenas enquanto estavam trabalhando, quando a Seleção se reunia. São eles: José Luiz Runco (médico), Paulo Paixão e Fábio Mahseredjian (preparadores físicos), Marcelo Cabo e Taffarel (observadores), Luís Rosan e Odir Souza (fisioterapeutas), Barreto (roupeiro) e Denis (massagista). Muitos destes já foram destituídos outras vezes e podem voltar para um novo ciclo. Tudo dependerá muito de quem assuma o comando da Seleção na próxima semana.
Os problemas que Dunga criou ao longo de quatro anos já desgastavam o técnico com a direção da CBF. Ele entrou em rota de colisão com patrocinadores, reclamou de stands montados na Granja Comary, brigou com a principal parceira da CBF (Rede Globo) e criava constantes atritos com jornalistas. Assim, já era intenção trocar de técnico, mesmo se o Brasil tivesse vencido a Copa.

O o código abaixo e cole no seu blog

sábado, 3 de julho de 2010

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

ACABOU A ERA DUNGA(TEIMOSO)
Brasil joga partida fora: Copa, agora, só em 2014
Pedro do Coutto

A Seleção Brasileira, sem a menor sombra de dúvida, jogou a partida de ontem fora, como se costuma dizer no esporte quando uma equipe esquece repentinamente sua técnica, sua arte, seu estilo, e se transforma em coadjuvante do adversário. Foi exatamente o que aconteceu ontem contra a Holanda no estádio de Porto Elizabeth.

Fizemos um primeiro tempo brilhante, a defesa era absolutamente eficaz, a passagem da defesa ao ataque rápida, como deve ser, ocupávamos o espaço aberto pelos holandeses entre seus homens de frente e sua retaguarda. Estava aberto para nós o caminho da vitória. Nosso time – aí o seu maior erro – saboreava a perspectiva do êxito que não veio. Viramos na frente, estava tudo correndo bem.

No segundo tempo, modificação total. Entramos confiantes demais, calçamos o salto alto em vez das sandálias da humildade, de que tanto falava Nelson Rodrigues, e não conseguimos suportar psicologicamente a falha da defesa que levou ao empate. A Holanda recebeu a igualdade como um presente do céu e cresceu no jogo. O Brasil se inibiu e retraiu. A equipe adversária passou a comandar a partida, a começar pela ocupação tática dos espaços do campo.

O técnico Dunga perdeu a serenidade que deve prevalecer no comportamento dos treinadores, esquecendo que seu nervosismo acaba se transmitindo aos jogadores. Nervoso o técnico, nervoso fica o time. Veio o segundo gol, a exemplo do primeiro, conseqüência de bola cruzada pelo alto. A excitação nervosa impediu que a defesa subisse bem no momento do lance, esquecendo que estava de frente para a bola. A bola? Acabou no fundo da rede de Júlio Cesar. O descontrole tornou-se visível. Felipe Melo, expulso, confirmou o fenômeno.

Claro, não se pode vencer sempre. No futebol, como na vida. Mas há derrotas e derrotas. A nossa, de ontem, foi bastante triste porque, no fundo, perdemos para nós mesmos. A Holanda não conquistou a vitória apenas por suas qualidades e méritos, que aliás são muito significativos. Não. Nós nos derrotamos mais do que eles nos ganharam. Facilitamos nosso fracasso. Abrimos para o oponente a estrada que o conduziu à semifinal de terça-feira.

Não podemos culpar alguém individualmente, exceto Felipe Melo que, ao pisar o holandês, se autoexpulsou do gramado. O comportamento do técnico Dunga influiu irritando-se demais com o juiz e com os jogadores do outro time. Passou ao mesmo tempo raiva e temor da derrota a nossa equipe. Ela encontrava-se em momento difícil na disputa eliminatória e precisava contar com ânimo que só o treinador poderia passar. Em vez disso, sem se dar conta, Dunga partiu justamente para o movimento inverso.

Foi uma página triste na história do futebol brasileiro. Acrescenta-se aos insucessos de 50, 54, 66 e 74, além das derrotas de 82,86, 90, 98 e 2006. Que fazer?

Nesta hora, resta curtir a realidade eterna de que a seleção de Ouro é a única pentacampeã do mundo, título que somente poderá ser igualado daqui a quatro anos, na Copa de 2014 que terá o Brasil como cenário. Vamos em frente. Levantar a poeira e dar a volta em torno da derrota que está nos marcando em 2010. Outras Taças virão, outros sucessos e outras decepções. A vida não para. O treinador e os jogadores de hoje passam. Vão passar, como é natural. Dunga inclusive já anunciou sua demissão. O futebol brasileiro fica.

Para sempre.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quando o primeiro tempo terminou no quente estádio Nelson Mandela Bay os holandeses devem ter agradecido aos céus por estar só 1 a 0, em belo gol de Robinho, aos 10, ao receber um passe de Felipe Melo que Gérson, o Canhotinha de Ouro da Copa de 1970, assinaria com gosto.

Porque a Seleção Brasileira chegou a ter momentos simplesmente espetaculares nos primeiros 45 minutos, a exemplo, aliás, do que Dunga havia previsto, ao falar em futebol bem jogado nas partidas contra os holandeses.

Antes do gol mesmo, em bela trama, Daniel Alves estava impedido, razão pela qual o gol brasileiro de Robinho foi bem anulado.

Mas depois do gol, não só Kaká sofreu pênalti cometido por De Jong, aos 8, como o mesmo Kaká, aos 30, complementando uma linda triangulação levou o goleiro Stekelenburg a fazer excelente defesa.

Kaká disputou a primeira metade do jogo intensamente e só apanhou menos que Luís Fabiano, que mais pareceu um boi de piranha que um centroavante, missão que cumpriu com valentia.

O pé esquerdo de Robben era marcado impiedosamente, ora por um, ora por outro, ora por mais um defensor brasileiro, de maneira exemplar.

Mais uma vez, enfim, o time brasileiro contra cachorro grande mostrava ser maior, coisa que virou hábito na gestão Dunga, certamente porque para tentar jogar permite-se que o Brasil jogue.

No último minuto, depois que Juan mandou por cima o que poderia ter sido o segundo gol, Maicon ia ampliando num lance que lembrou o famos quarto gol de Carlos Alberto Torres no fecho da Copa de 70, segunda referência aqui a um momento mágico do futebol, porque a seleção canarinho assim fez por merecer.

Aliás, neste lance, o goleiro desviou para escanteio e a fraca arbitragem japonesa não viu.

E Robben, ainda foi pego como falso malandro por Daniel Alves, em seu melhor momento porque não estava bem, ao querer enganar os brasileiros numa cobrança de escanteio.

E o Brasil ainda teve 53% de posse de bola.

E o segundo tempo veio.

Logo aos 8, injustiça pelo ar.

Sneijder cruzou na área, Júlio César saiu em falso e Felipe Melo desviou para dentro do gol.

A isso, em futebol, se dá um nome: Brasil x Holanda, jogo de cachorro de grande. Ficaria maior?

Prudente, porque virou guerra, Dunga tirou Michel Bastos, com amarelo, e botou Gilberto em campo, aos 16.

A superioridade brasileira virou equilíbrio.

Tudo poderia acontecer.

E aconteceu!

Na cabeça de Sneijder, aos 22, em cobrança de escanteio por Robben: 2 a 1.

Era hora de reação, pois pela primeira vez a Seleção estava em desvantagem na África do Sul.

A exemplo das Copas de 1986 e 1990, quando o Brasil foi eliminado, pela Argentina e pela França, em suas melhores apresentações, a Holanda despachava os pentacampeões mundiais.

Mas havia tempo se houvesse cabeça, coisa que Felipe Melo, sabidamente não tem.

E depois de pisar Robben, o brasileiro foi bem expulso aos 28.

Se lembrou Gérson em 70, lembrou a expulsão de Luís Pereira em 74 também.

Ficou praticamente impossível.

Robben enlouqueceu o time nacional.

A maioria holandesa fazia a festa no Nelson Mandela Bay e Dunga trocava Luís Fabiano por Nilmar, uma tentativa correta de trocar a força de um pela habilidade de outro num momento de inferioridade técnica e numérica.

A Holanda estava sempre mais perto do terceiro gol do que o Brasil do segundo.

Notas:

Júlio César falhou no primeiro gol: 5;

Maicon fez o que pôde: 6,5;

Lúcio e Juan, dois gols por cima: 5;

Michel Bastos saiu-se melhor do que a encomenda: 6,5;

Gilberto Silva trabalhador como sempre: 6;

Felipe Melo, do céu ao inferno: 4;

Daniel Alves, a maior decepção da Copa: 4

Kaká, muito bem no primeiro tempo, caiu no segundo: 6,5;

Robinho, exatamente como Kaká, talvez um pouco acima: 7;

Luís Fabiano, um leão sem dentes: 6;

Nilmar, nada pôde fazer: 5

Gilberto entrou para cumprir uma missão e cumpriu: 5;

Dunga não merecia a derrota num jogo como o de hoje e, como na Olimpíada de Pequim, não conseguiu o que queria, embora tenha brilhado depois em tudo que disputou. Uma pena: 6


Por Juca Kfouri às 12:50

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Compartilhe02/07/2010Baixa na Holanda

Antes mesmo de o jogo começar, substituição na escalação holandesa: por problemas no joelho, sai o zagueiro Mathijsen e entra Ooijer.





Paulo Roberto Falcão planeja novos voos, razão pela qual não está na África do Sul.

Ele deseja voltar a ser técnico de futebol, como já disse.

E anda se achando tratado sem a devida consideração pelo comando do esporte da TV Globo, Rei de Roma que foi.

Já o comando da TV pensa diferente e estranha que o ex-craque e comentarista tenha adotado um comportamento de estrela.

Em regra não atende aos telefonemas e não está disponível para participar da programação, diferentemente, por exemplo, de Walter Casagrande Jr., que deve passar a ser o comentarista número 1, sempre à disposição.

Enfim, ao que tudo indica, a relação se desgastou.

Que Falcão, que concorda com Cruijff em relação às críticas feitas à Seleção de Dunga, seja um técnico que traga de volta a fantasia de que ele era capaz nos gramados pelo mundo afora.


Por Juca Kfouri às 09:30

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Compartilhe01/07/2010Uso de tecnologia de monitoramento no futebol

Por Túlio Velho Barreto e Jorge Ventura de Morais

Não esperemos o fim da Copa do Mundo, disputada atualmente e pela primeira vez na África, para antecipar sua maior herança: o debate sobre o uso de tecnologia de monitoramento no futebol, ou seja, o uso de tecnologia para tirar dúvidas em lances capitais em uma partida.

De fato, se nada mais grave ocorrer, para tanto, já são suficientes lances de Brasil-Costa do Marfim, Alemanha-Inglaterra e Argentina-México. Isso para ficarmos apenas nos principais erros de arbitragem até aqui.

Vamos lembrá-los: o uso irregular dos braços por Luís Fabiano antes do segundo gol do Brasil; o gol não anotado do inglês Lampard, quando a bola ultrapassou a linha fatal; e o gol do argentino Tevez em posição de impedimento. Há consenso: foram erros crassos e paradigmáticos, que exemplificam tantos outros.

Então, de forma inédita, vimos um árbitro reconhecer a irregularidade do lance para seu autor; um assistente considerar a hipótese de ter errado após consultar o telão; e a Fifa, através do presidente, admitir os erros e pedir desculpas aos prejudicados. E, assim, admitir o debate sobre o tema que mais incomoda a entidade e a International Board (IB).

Erros em Copas, bem como em toda competição futebolística, não são novidades.

O próprio lance envolvendo Lampard nos remete à decisão de 1966, disputada na Inglaterra e vencida pelos anfitriões frente à mesma Alemanha, com gol validado sem que a bola tenha entrado.

Já o argentino Maradona usou “la mano de Diós” para eliminar a Inglaterra, em 1986, no México.

Agora, a França chegou à Copa após Thierry Henry usar a mão duas vezes e propiciar o tiro certeiro de Gallas contra a Irlanda.

Os debates acerca do uso de tecnologia de monitoramento no futebol são relativamente recentes, pois os recursos para tanto, do ponto de vista histórico, também o são.

Mas, por ser um evento mundial, as Copas introduzem inúmeras novidades tecnológicas, sobretudo na forma como as partidas são acompanhadas.

Nada passa mais despercebido.

Na África, por exemplo, todas as partidas são registradas por 32 câmaras e lances são repetidos em velocidade ainda mais lenta.

E é possível medir distâncias, identificar posições e trajetórias etc.

A própria Fifa “vende” esta, como “a Copa da imagem”.

Mas o uso de tecnologia não é novidade no futebol.

A tecnologia e seu desenvolvimento estão presentes não só em transmissões das partidas e telões nos estádios mas também nas roupas e chuteiras dos jogadores e árbitros; na preparação física deles; na Jabulani, a tão polêmica bola da Copa; na mistura de gramas naturais e artificiais, que visa sua maior qualidade e durabilidade…

E são comuns em outros esportes.

Daí, considerarmos necessário especificar de que se trata de debate sobre a introdução de tecnologia de monitoramento em lances capitais e factuais (se a bola entrou; se o gol foi marcado por jogador em posição irregular…), e não indiscriminadamente ou quando caiba interpretação (se foi mão na bola ou bola na mão; s e o jogador estava em posição de impedimento passivo ou não…), sob pena da IB e a Fifa não fazê-lo avançar.

Em 2008, concluímos, no Núcleo de Sociologia do Futebol (Nesf), a pesquisa Análise Sociológica das Mudanças das Regras do Futebol, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Dela resultou nosso artigo “As regras do futebol e o uso de tecnologia de monitoramento”, apresentado no encontro da Associación Latinoamericana de Estudios Socioculturales del Deporte (Alesde) e publicado em Estudos de Sociologia, revista da pós-graduação em Sociologia da UFPE, no mesmo ano. Uma versão reduzida dele está em

Mapeamos o debate sobre o tema no Brasil a partir da posição dos agentes envolvidos, direta (jogadores, treinadores e árbitros) ou indiretamente (jornalistas esportivos). Entrevistamos membros de clubes da Série A e diversos jornalistas do país.

E identificamos, então, três posições: a primeira, amplamente favorável ao uso de tais recursos, baseada em argumentos racionais e de justiça; a segunda, também favorável, mas apenas em lances capitais e factuais já consumados (foi ou não foi gol); e uma terceira, contrária, baseada na emoção, imprecisão e imperfeição do futebol em clara analogia com o cotidiano.

Agora, devemos aprofundar o debate a partir do pressuposto de que erros de arbitragem tornaram-se (apenas) mais visíveis em função da tecnologia disponível e usada para a transmissão de uma partida.

Em se tratando das Copas, quando tais recursos são amplamente empregados, o que se espera é que a memória registre e a história eternize os gols, os dribles, os craques, a beleza do jogo, enfim, e não tais erros, sobretudo porque são passíveis de imediata revisão. Caso contrário, diante da alta tecnologia disponível para se acompanhar uma partida (até em celulares), logo estará em xeque a própria credibilidade do jogo.

Túlio Velho Barreto (Fundaj) e Jorge Ventura de Morais (UFPE) são pesquisadores e coordenam o Núcleo de Sociologia do Futebol (UFPE/Fundaj)


Por Juca Kfouri às 16:37

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Compartilhe01/07/2010A falta que Elano faz


Foto:Ricardo Nogueira/Folhapress

Já em Porto Elisabeth para o jogo de amanhã contra a Holanda, o assunto é a ausência de Elano.

Como se de uma hora para outra ele tivesse virado um Pelé.

De fato, longe disso.

E Daniel Alves até poderia substituí-lo com vantagem, o que, no entanto, não vem acontecendo.

E Elano parecia ungido pelo destino para fazer uma grande Copa, até gols marcando.

Ele é daquele tipo de jogador que rende mais na Seleção do que no clube.

E tem características que certamente Dunga aprecia. E muito.

Dele ouvi certa vez duas histórias de arrepiar, quando, em 2005, foi jogar no Shakhtar Donetsk, em pleno inverno ucraniano.

A primeira, assim que chegou ao apartamento que o clube lhe proporcionou, aconteceu com sua mulher que viu subir pelo ralo do pia da cozinha a água do esgoto que deveria escoar pela latrina.

E a segunda, depois de chegar a pensar em desistir e voltar ao Brasil num dia gelado em que não sentia os pés num treinamento, ao voltar para casa, na sua mão de direção numa trilha de neve, viu seu caminho impedido por uma camionete de um ucraniano que o humilhou e o obrigou a dar marcha à ré.

Elano a tudo suportou, cumpriu seu contrato e subiu um degrau ao ir jogar na Turquia.

E hoje faz falta à Seleção Brasileira.


Por Juca Kfouri às 15:18

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Compartilhe30/06/2010Mata a nossa sede, Dunga!



Por DADO LEAL


Por Juca Kfouri às 19:01

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Sobre o autor
Formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999. Atualmente está também na ESPN-Brasil. Colunista de futebol de "O Globo" entre 1989 e 1991 e apresentador, desde 2000, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha.
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Quando o primeiro tempo terminou no quente estádio Nelson Mandela Bay os holandeses devem ter agradecido aos céus por estar só 1 a 0, em belo gol de Robinho, aos 10, ao receber um passe de Felipe Melo que Gérson, o Canhotinha de Ouro da Copa de 1970, assinaria com gosto.

Porque a Seleção Brasileira chegou a ter momentos simplesmente espetaculares nos primeiros 45 minutos, a exemplo, aliás, do que Dunga havia previsto, ao falar em futebol bem jogado nas partidas contra os holandeses.

Antes do gol mesmo, em bela trama, Daniel Alves estava impedido, razão pela qual o gol brasileiro de Robinho foi bem anulado.

Mas depois do gol, não só Kaká sofreu pênalti cometido por De Jong, aos 8, como o mesmo Kaká, aos 30, complementando uma linda triangulação levou o goleiro Stekelenburg a fazer excelente defesa.

Kaká disputou a primeira metade do jogo intensamente e só apanhou menos que Luís Fabiano, que mais pareceu um boi de piranha que um centroavante, missão que cumpriu com valentia.

O pé esquerdo de Robben era marcado impiedosamente, ora por um, ora por outro, ora por mais um defensor brasileiro, de maneira exemplar.

Mais uma vez, enfim, o time brasileiro contra cachorro grande mostrava ser maior, coisa que virou hábito na gestão Dunga, certamente porque para tentar jogar permite-se que o Brasil jogue.

No último minuto, depois que Juan mandou por cima o que poderia ter sido o segundo gol, Maicon ia ampliando num lance que lembrou o famos quarto gol de Carlos Alberto Torres no fecho da Copa de 70, segunda referência aqui a um momento mágico do futebol, porque a seleção canarinho assim fez por merecer.

Aliás, neste lance, o goleiro desviou para escanteio e a fraca arbitragem japonesa não viu.

E Robben, ainda foi pego como falso malandro por Daniel Alves, em seu melhor momento porque não estava bem, ao querer enganar os brasileiros numa cobrança de escanteio.

E o Brasil ainda teve 53% de posse de bola.

E o segundo tempo veio.

Logo aos 8, injustiça pelo ar.

Sneijder cruzou na área, Júlio César saiu em falso e Felipe Melo desviou para dentro do gol.

A isso, em futebol, se dá um nome: Brasil x Holanda, jogo de cachorro de grande. Ficaria maior?

Prudente, porque virou guerra, Dunga tirou Michel Bastos, com amarelo, e botou Gilberto em campo, aos 16.

A superioridade brasileira virou equilíbrio.

Tudo poderia acontecer.

E aconteceu!

Na cabeça de Sneijder, aos 22, em cobrança de escanteio por Robben: 2 a 1.

Era hora de reação, pois pela primeira vez a Seleção estava em desvantagem na África do Sul.

A exemplo das Copas de 1986 e 1990, quando o Brasil foi eliminado, pela Argentina e pela França, em suas melhores apresentações, a Holanda despachava os pentacampeões mundiais.

Mas havia tempo se houvesse cabeça, coisa que Felipe Melo, sabidamente não tem.

E depois de pisar Robben, o brasileiro foi bem expulso aos 28.

Se lembrou Gérson em 70, lembrou a expulsão de Luís Pereira em 74 também.

Ficou praticamente impossível.

Robben enlouqueceu o time nacional.

A maioria holandesa fazia a festa no Nelson Mandela Bay e Dunga trocava Luís Fabiano por Nilmar, uma tentativa correta de trocar a força de um pela habilidade de outro num momento de inferioridade técnica e numérica.

A Holanda estava sempre mais perto do terceiro gol do que o Brasil do segundo.

Notas:

Júlio César falhou no primeiro gol: 5;

Maicon fez o que pôde: 6,5;

Lúcio e Juan, dois gols por cima: 5;

Michel Bastos saiu-se melhor do que a encomenda: 6,5;

Gilberto Silva trabalhador como sempre: 6;

Felipe Melo, do céu ao inferno: 4;

Daniel Alves, a maior decepção da Copa: 4

Kaká, muito bem no primeiro tempo, caiu no segundo: 6,5;

Robinho, exatamente como Kaká, talvez um pouco acima: 7;

Luís Fabiano, um leão sem dentes: 6;

Nilmar, nada pôde fazer: 5

Gilberto entrou para cumprir uma missão e cumpriu: 5;

Dunga não merecia a derrota num jogo como o de hoje e, como na Olimpíada de Pequim, não conseguiu o que queria, embora tenha brilhado depois em tudo que disputou. Uma pena: 6


Holanda

Antes mesmo de o jogo começar, substituição na escalação holandesa: por problemas no joelho, sai o zagueiro Mathijsen e entra Ooijer.


Por Juca Kfouri às 10:59
Paulo Roberto Falcão planeja novos voos, razão pela qual não está na África do Sul.

Ele deseja voltar a ser técnico de futebol, como já disse.

E anda se achando tratado sem a devida consideração pelo comando do esporte da TV Globo, Rei de Roma que foi.

Já o comando da TV pensa diferente e estranha que o ex-craque e comentarista tenha adotado um comportamento de estrela.

Em regra não atende aos telefonemas e não está disponível para participar da programação, diferentemente, por exemplo, de Walter Casagrande Jr., que deve passar a ser o comentarista número 1, sempre à disposição.

Enfim, ao que tudo indica, a relação se desgastou.

Que Falcão, que concorda com Cruijff em relação às críticas feitas à Seleção de Dunga, seja um técnico que traga de volta a fantasia de que ele era capaz nos gramados pelo mundo afora.


Por Juca Kfouri às 09:30

Não esperemos o fim da Copa do Mundo, disputada atualmente e pela primeira vez na África, para antecipar sua maior herança: o debate sobre o uso de tecnologia de monitoramento no futebol, ou seja, o uso de tecnologia para tirar dúvidas em lances capitais em uma partida.

De fato, se nada mais grave ocorrer, para tanto, já são suficientes lances de Brasil-Costa do Marfim, Alemanha-Inglaterra e Argentina-México. Isso para ficarmos apenas nos principais erros de arbitragem até aqui.

Vamos lembrá-los: o uso irregular dos braços por Luís Fabiano antes do segundo gol do Brasil; o gol não anotado do inglês Lampard, quando a bola ultrapassou a linha fatal; e o gol do argentino Tevez em posição de impedimento. Há consenso: foram erros crassos e paradigmáticos, que exemplificam tantos outros.

Então, de forma inédita, vimos um árbitro reconhecer a irregularidade do lance para seu autor; um assistente considerar a hipótese de ter errado após consultar o telão; e a Fifa, através do presidente, admitir os erros e pedir desculpas aos prejudicados. E, assim, admitir o debate sobre o tema que mais incomoda a entidade e a International Board (IB).

Erros em Copas, bem como em toda competição futebolística, não são novidades.

O próprio lance envolvendo Lampard nos remete à decisão de 1966, disputada na Inglaterra e vencida pelos anfitriões frente à mesma Alemanha, com gol validado sem que a bola tenha entrado.

Já o argentino Maradona usou “la mano de Diós” para eliminar a Inglaterra, em 1986, no México.

Agora, a França chegou à Copa após Thierry Henry usar a mão duas vezes e propiciar o tiro certeiro de Gallas contra a Irlanda.

Os debates acerca do uso de tecnologia de monitoramento no futebol são relativamente recentes, pois os recursos para tanto, do ponto de vista histórico, também o são.

Mas, por ser um evento mundial, as Copas introduzem inúmeras novidades tecnológicas, sobretudo na forma como as partidas são acompanhadas.

Nada passa mais despercebido.

Na África, por exemplo, todas as partidas são registradas por 32 câmaras e lances são repetidos em velocidade ainda mais lenta.

E é possível medir distâncias, identificar posições e trajetórias etc.

A própria Fifa “vende” esta, como “a Copa da imagem”.

Mas o uso de tecnologia não é novidade no futebol.

A tecnologia e seu desenvolvimento estão presentes não só em transmissões das partidas e telões nos estádios mas também nas roupas e chuteiras dos jogadores e árbitros; na preparação física deles; na Jabulani, a tão polêmica bola da Copa; na mistura de gramas naturais e artificiais, que visa sua maior qualidade e durabilidade…

E são comuns em outros esportes.

Daí, considerarmos necessário especificar de que se trata de debate sobre a introdução de tecnologia de monitoramento em lances capitais e factuais (se a bola entrou; se o gol foi marcado por jogador em posição irregular…), e não indiscriminadamente ou quando caiba interpretação (se foi mão na bola ou bola na mão; s e o jogador estava em posição de impedimento passivo ou não…), sob pena da IB e a Fifa não fazê-lo avançar.

Em 2008, concluímos, no Núcleo de Sociologia do Futebol (Nesf), a pesquisa Análise Sociológica das Mudanças das Regras do Futebol, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Dela resultou nosso artigo “As regras do futebol e o uso de tecnologia de monitoramento”, apresentado no encontro da Associación Latinoamericana de Estudios Socioculturales del Deporte (Alesde) e publicado em Estudos de Sociologia, revista da pós-graduação em Sociologia da UFPE, no mesmo ano. Uma versão reduzida dele está em www.alesde.ufpr.br/encontro/trabalhos/21.pdf.

Mapeamos o debate sobre o tema no Brasil a partir da posição dos agentes envolvidos, direta (jogadores, treinadores e árbitros) ou indiretamente (jornalistas esportivos). Entrevistamos membros de clubes da Série A e diversos jornalistas do país.

E identificamos, então, três posições: a primeira, amplamente favorável ao uso de tais recursos, baseada em argumentos racionais e de justiça; a segunda, também favorável, mas apenas em lances capitais e factuais já consumados (foi ou não foi gol); e uma terceira, contrária, baseada na emoção, imprecisão e imperfeição do futebol em clara analogia com o cotidiano.

Agora, devemos aprofundar o debate a partir do pressuposto de que erros de arbitragem tornaram-se (apenas) mais visíveis em função da tecnologia disponível e usada para a transmissão de uma partida.

Em se tratando das Copas, quando tais recursos são amplamente empregados, o que se espera é que a memória registre e a história eternize os gols, os dribles, os craques, a beleza do jogo, enfim, e não tais erros, sobretudo porque são passíveis de imediata revisão. Caso contrário, diante da alta tecnologia disponível para se acompanhar uma partida (até em celulares), logo estará em xeque a própria credibilidade do jogo.

Túlio Velho Barreto (Fundaj) e Jorge Ventura de Morais (UFPE) são pesquisadores e coordenam o Núcleo de Sociologia do Futebol (UFPE/Fundaj)


Por Juca Kfouri às 16:37

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Compartilhe01/07/2010A falta que Elano faz


Foto:Ricardo Nogueira/Folhapress

Já em Porto Elisabeth para o jogo de amanhã contra a Holanda, o assunto é a ausência de Elano.

Como se de uma hora para outra ele tivesse virado um Pelé.

De fato, longe disso.

E Daniel Alves até poderia substituí-lo com vantagem, o que, no entanto, não vem acontecendo.

E Elano parecia ungido pelo destino para fazer uma grande Copa, até gols marcando.

Ele é daquele tipo de jogador que rende mais na Seleção do que no clube.

E tem características que certamente Dunga aprecia. E muito.

Dele ouvi certa vez duas histórias de arrepiar, quando, em 2005, foi jogar no Shakhtar Donetsk, em pleno inverno ucraniano.

A primeira, assim que chegou ao apartamento que o clube lhe proporcionou, aconteceu com sua mulher que viu subir pelo ralo do pia da cozinha a água do esgoto que deveria escoar pela latrina.

E a segunda, depois de chegar a pensar em desistir e voltar ao Brasil num dia gelado em que não sentia os pés num treinamento, ao voltar para casa, na sua mão de direção numa trilha de neve, viu seu caminho impedido por uma camionete de um ucraniano que o humilhou e o obrigou a dar marcha à ré.

Elano a tudo suportou, cumpriu seu contrato e subiu um degrau ao ir jogar na Turquia.

E hoje faz falta à Seleção Brasileira.




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quinta-feira, 1 de julho de 2010

CATUKANDO............ por Carlos A.Galvão

• Catuka...........por Carlos Alberto Galvão
As opiniões emitidas são de responsabilidade de seu autor. Esta coluna é uma obra de ficção:portanto, qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.
---------------------------------------------------------------------------
A COPA DO MUNDO
FOI UMA ÁFRICA .
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
• GANSO A TUA HORA VAI CHEGAR;
Em Santos, vendo tal Felipe Melo, Josué em campo com a camisa brasileira contra Portugal, a família de Ganso, começou a chorar diante da vizinhança (torcida brasileira),de tanta tristeza.
---------------------------------------------------------------------------- • MINHA OPINIÃO
França saiu da Copa da mesma forma que entrou:pelos fundos.
graças a um gol de mão,ela foi à África. O charme desse Mundial
é ter na final Brasil x Argentina. É a única hipótese em que essas equipes podem se defrontar. Hoje , pode-se dizer que os argentinos têm um time melhor
---------------------------------------------------------------------------
• DINHEIRO NA MEIA EM CABO FRIO.
Ontem me disseram que existia ou existe, vereador que colocava dinheiro na meia em Cabo
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• NÃO TEM GASOSA ,VAI A PÉ.
O deputado federal Paulo Cesar Guia(PR) -de Cabo Frio foi visto andando a pé pela manhã na Praia do Forte. Quando alguém gritou para ele: "acabou a gasolina,hein
• AMOR E ÓDIO.
Alair vive um drama com a imprensa de Cabo Frio. A analise do episódio ou incidente leva à impressionante conclusão.O deputado faltoso da ALERJ ,odeia do fundo da alma o mais importante jornal da cidade Folha dos Lagos ,o Blog do Totonho , e a coluna de Zé Correia).(Sem falar em Marquinhos e Catuka .etc.). IIsso se chama arrogância,insensatez,pretensão,insensibilidade , e desapreço.
Perguntinha ingênua ,inútil,inócua: o deputado já não está na hora de fazer psicanálise?
------------------------------------------------------------------------------
• MUITO BOA.
A coluna do José Correia , do JORNAL COMPLETO ,
da última semana sacudiu o grupo do deputado Alair ,foram,
tantas verdades ,verdadeiras,que era melhor o deputado ler e
se recolher...
--------------------------------------------------------------------------------
• FRASE DO DIA.
O jogador Cristiano Ronaldo da seleção de Portugal,no jogo contra a Espanha,parecia até cabeça de bacalhau:ninguém viu.
------------------------------------------------------------------------
• PORTUGAL X ESPANHA
O técnico da seleção Portuguesa Carlos Queiroz,não entendeu o mata-mata (regulamento)da Copa, e matou toda torcida portuguesa de raiva.
------------------------------------------------------------------------• Final.
Tá, faço meia culpa, a coluna desta semana foi meio assim,assim. Completamente de acordo com a Copa,foi sem aquele futebol brilhante...